sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Brasil precisa de educação e mais ciência


Ipea lança centro de pesquisa em ciência e tecnologia
Objetivo é estudar impactos da produção científica na economia
Publicado em 07/11/2019 - 23:03
Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro






O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou, nesta quinta-feira (7), o Centro de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS). O novo núcleo reúne pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento para estudar os impactos que a ciência e a tecnologia têm na economia, na sociedade e na qualidade de vida das pessoas, especialmente nas áreas de saúde, educação e sustentabilidade.

“É vital, nos dias de hoje, quando a ciência está sendo questionada, a gente discutir a importância que a produção científica e tecnológica tem para o desenvolvimento do Brasil e como amplificar esses impactos positivos sobre o desenvolvimento, o crescimento econômico e a geração de renda”, disse a pesquisadora Fernanda De Negri, coordenadora do CTS.

Para o diretor de Estudos, Infraestrutura e Inovação do Ipea, André Rauen, o novo núcleo vai beneficiar o trânsito da informação dentro do instituto, ao integrar várias áreas que antes atuavam de forma independente umas das outras.

“Pela primeira vez a gente vai conseguir trabalhar interestruturas, transversalmente. Vamos sair das caixinhas e vamos trabalhar em função do objeto; vamos estimular que os pesquisadores trabalhem em função da transformação da sociedade, voltados para problemas concretos. Não existe país no mundo que tenha feito o desenvolvimento tecnológico sem o apoio do Estado. Pesquisa e desenvolvimento, mesmo privado, depende de apoio público, que tem de ser complementar. Isso ocorre na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Alemanha e na China”, disse Rauen.

A pesquisadora do CTS Priscila Koeller apresentou, durante o lançamento do novo centro, um estudo mostrando que os investimentos em ciência e tecnologia vêm caindo nos últimos anos podendo chegar a níveis dos anos 2000, se o governo não desbloquear as verbas para o setor este ano.

“Se a gente não conseguir reverter as reservas de contingência, a estimativa é ficar em níveis abaixo ao ano 2000. É retroceder 20 anos. Ainda há tempo de negociar. Temos um cenário complexo”, mostrou ela, apontando gráficos com dados dos últimos 20 anos.

Mais informações sobre o CTS podem ser acessadas na página do Ipea na internet (www.ipea.gov.br/cts).
Edição: Nélio de Andrade

terça-feira, 9 de julho de 2019

Observação eleitoral em Moçambique



Alerta para entraves à observação eleitoral em Moçambique
Há 1 Hora
·       Ramos Miguel













Governo recusa credenciar Instituto para a Democracia e Assistência Eleitoral
                 Governo recusa credenciar Instituto para a Democracia e Assistência Eleitoral



A imprensa moçambicana noticiou nesta semana que o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação continua a negar credenciar no país o Instituto para a Democracia e Assistência Eleitoral (IDEA), uma organização cujos membros são governos de países da União Europeia.

Alguns analistas acusam o Governo de pretender evitar uma observação atenta e credível às eleições de outubro, ao continuar a negar credenciar a agência intergovernamental que a União Europeia (UE) usa para canalizar fundos e apoiar observadores eleitorais domésticos.
A não credenciação bloqueia o apoio da UE à observação doméstica.
O investigador do Centro de Integridade Pública (CIP), Borges Namire, diz que a aparente rejeição do Governo deve ser vista no âmbito de um contexto "muito difícil" de credenciação de observadores para as próximas eleições, tanto na Comissão Nacional de Eleições (CNE), como no Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).
"Está a ser muito difícil credenciar-se para fiscalizar as próximas eleições", lamentou Borges Namire, realçando que "isto deve-se ao facto de a observação eleitoral, principalmente a doméstica, ter desempenhado um papel muito importante nas eleições autárquicas do ano passado, o que dificultou vários esquemas de fraude".

Namire disse ainda que os esforços para dificultar a credenciação da observação eleitoral foram ensaiados em Marromeu, província de Sofala, na segunda volta das eleições autárquicas do ano passado, em que jornalistas e observadores, com credenciais, não tiveram acesso às mesas de votação.
"E agora o padrão é não dar credenciais ou dar o mínimo de credenciais possível para que as pessoas não possam observar o processo de votação", destacou o investigador do CIP.
O líder do Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD), Raúl Domingos, diz que as autoridades governamentais, ao negarem credenciar organizações como IDEA, querem evitar, a todo o custo, uma observação atenta.
Por seu turno, o analista Francisco Matsinhe afirma que este processo "está inquinado, a começar pelos problemas que houve no recenseamento eleitoral", sublinhando que a recusa em credenciar organizações credíveis "traduz o receio que as autoridades têm de que estas possam vir a denunciar possíveis irregularidades nas próximas eleições".
Tentámos, sem sucesso, ouvir a reação governamental sobre a não credenciação do IDEA, cujo trabalho tem sido considerado controverso em alguns círculos políticos.



https://www.voaportugues.com/a/alerta-para-entraves-%C3%A0-observa%C3%A7%C3%A3o-eleitoral-em-mo%C3%A7ambique/4993050.html



quarta-feira, 19 de junho de 2019

Reabilitação pós-ciclones em Moçambique


Moçambique vai à ONU pedir mais fundos para a reabilitação pós-ciclones













Cheias em Pemba
                                                                            Cheias em Pemba



O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, convida Moçambique a estar presente na sessão da Assembleia-Geral da ONU e apresentar, mais uma vez, as necessidades orçamentais para reconstruir as zonas afectadas pelos ciclones Idai e Kenneth.
Moçambique será representado por uma delegação encabeçada pelo primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, que, no dia 25 de junho, vai falar perante todos os países que integram o sistema das Nações Unidas.
A sessão acontece numa altura em que já começam a ser disponibilizados os fundos prometidos pelos doadores na conferência internacional realizada nos dias 31 de maio e 1 de junho, na cidade central moçambicana da Beira.
O Banco Mundial, que prometeu 470 milhões de dólares americanos, e o Banco Africano de Desenvolvimento, cerca de 50 milhões, são os parceiros que já estão a canalizar fundos.
Uma das primeiras obras a ser executada é da reabilitação da estrada nacional número 6, que faz a ligação entre Beira e Machipanda, na fronteira com o Zimbabwe.
Além das infra-estruturas públicas, a outra prioridade, segundo Francisco Pereira, Director do Gabinete de Reconstrução Pós-Ciclones Idai e kenneth, é reconstruir as casas destruídas pelas calamidades.
Nas zonas centro e norte de Moçambique, os ciclones destruíram total ou parcialmente mais de 250 mil habitações.
Pereira diz que não será possível reconstruir todas as casas, mas que vai ser encontrada uma forma de ajudar a população afectada.
As necessidades orçamentais para a reconstrução das sete províncias moçambicanas afectadas pelos ciclones Idai e Kenneth estão estimadas em três biliões e duzentos milhões de dólares americanos, mas os doadores só se comprometeram em disponibilizar um bilião e duzentos milhões.



terça-feira, 11 de junho de 2019

Moçambique


Analistas advertem para eventual propaganda do Estado Islâmico sobre presença em Moçambique








Grupo reivindica acção em Cabo Delgado

                                        Grupo reivindica facção em Cabo Delgado


Analistas moçambianos dizem que a reivindicação do Estado Islâmico de que deteve um ataque do exército, na província de Cabo Delgado, pode ser uma indicação de que este grupo radical sabe que tem irmãos a lutar no país que, eventualmente, possa ajudar , mas que o suposto ataque da passada segunda-feira, não passa de uma propaganda no dia do Eid.
Foi a primeira vez que o grupo radical se pronunciou sobre os ataques armadosque têm ocorrido em alguns distritos da província nortenha de Cabo Delgado.
Tais ataques foram inicialmente atribuídos a fundamentalistas islâmicos, e mais recentemente, a antigos garimpeiros ilegais que operavam no distrito de Montepuez, igualmente naquela província.
Refira-se que na altura, a liderança da Comunidade Islâmica em Moçambique negou qualquer ligação com os atacantes, e nas celebrações do Eid, esta quarta-feira, reiterou que nada tem a ver com os insurgentes.
O político moçambicano, Raúl Domingos, diz que não se deve desprezar esta alegação, tanto mais que até aqui ninguém tinha reivindicado os ataques a aldeias e cidadãos em Cabo Delgado.
De acordo com aquele político, "o que se dizia é que se tratava de forças não identificadas que estão a desenvolver facções de terrorismo em Moçambique, pelo que, para mim, o assunto é mais sério do que se imaginava.
Entretanto, o analista Dércio Francisco considera que a reivindicação do Estado Islâmico "é uma propaganda, mas isso mostra que o grupo pode ter interesse em Moçambique".
Francisco realça que o Estado Islâmico está agora a viver o seu pior momento, porque perdeu o território e o exército que tinha na Síria, e o que está a fazer agora é aquilo que se chama guerrilha de mídia, tentando fazer passar a ideia de que é tão forte que até ataca Moçambique".
A informação sobre a reivindicação do Estado Islâmico foi bastante mediatizada em Moçambique, e chegou também ao conhecimento da polícia moçambicana, mas esta declinou-se a fazer qualquer comentário.




quinta-feira, 25 de abril de 2019

Número de mortos Sri Lanka sobe para 359


Número de mortos em atentados no Sri Lanka sobe para 359

Da Redação 1 dia atrás










Cingaleses carregam o corpo de uma vítima para fora da Igreja de São Sebastião após uma explosão em Negombo, ao norte de Colombo, Sri Lanka – 21/04/2019
 © Chamila Karunarathne Cingaleses carregam o corpo de uma vítima para fora da Igreja de São Sebastião após uma explosão em Negombo, ao norte de Colombo, Sri Lanka – 21/04/2019


Autoridades do Sri Lanka elevaram para 359 o número de mortos nos atentados que atingiram o país no domingo de Páscoa. O total de feridos é estimado em cerca de 500 pessoas e o país se encontra em estado de emergência desde a meia-noite (15h30, em Brasília) desta segunda-feira 22 em nome da “segurança pública”.

O porta-voz da polícia local, Ruwan Gunasekara, declarou que 18 suspeitos foram detidos na madrugada desta quarta-feira, aumentando para 58 o total de presos pelo ocorrido. Um dia antes, o primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, afirmou que pessoas armadas com explosivos ainda estavam foragidas.

O país anunciou a reestruturação dos órgãos de segurança por conta de falhas na prevenção dos ataques. A série de oito explosões domingo atingiu de forma quase simultâneas três hotéis de luxo de Colombo, três igrejas, uma posada e um complexo residencial em Dematagoda.

O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pela série de atentados em comunicado. A Interpol e o FBI colaboram com o governo cingalês para confirmar a autoria, que originalmente pesou sobre o National Thowheet Jama’ath (NTJ), grupo extremista islâmico local. O próprio governo, porém, considera a possibilidade de o NTJ ter recebido ajuda exterior.
Atentados desta magnitude não ocorriam no Sri Lanka desde a guerra civil entre os guerrilheiros do grupo Tigres Tâmeis e o governo. O conflito, que terminou em 2009, durou 26 anos e deixou 40.000 civis mortos.

(Com EFE)


quarta-feira, 10 de abril de 2019

Política Trump sobre asilo

Tribunal suspende política de Trump sobre asilo

Publicado em 09/04/2019 - 09:39
Por Agência Brasil Brasília

Um tribunal dos Estados Unidos (EUA) suspendeu a política do governo americano de enviar ao México pessoas em busca de asilo, enquanto aguardam pela decisão de seus casos. Nessa segunda-feira (8), o tribunal distrital federal de San Francisco concedeu uma liminar, afirmando que a política carece de embasamento legal.

Imigrantes, hondurenhos, Caravana, EUA
                                     Imigrantes hondurenhos - REUTERS/Jorge Cabrera/Direitos Reservados

Segundo o juiz, a política de imigração vai contra compromissos legais de não enviar refugiados de volta a países em que a segurança e a liberdade deles não sejam asseguradas. A medida deve passar a vigorar na sexta-feira (12). Desde janeiro, o governo tem um programa que proíbe a presença em território americano de pessoas em busca de asilo, enviando-as ao México enquanto aguardam a análise                      

O programa visa a diminuir o crescente número de imigrantes de nações centro-americanas que chegam à fronteira dos Estados Unidos com o México. Muitos deles entram no país ilegalmente, pedem asilo e, posteriormente, desaparecem antes de suas audiências. Grupos de cidadãos processaram o governo americano, afirmando que a política expõe os migrantes ao perigo. Pediram ainda que ela seja revogada.

Edição: Graça Adjuto
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