sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

no canadá...



Nova empresa de metais básicos da Vale traz de volta a canadense Inco
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A mineradora canadense Inco pode estar, de certa forma, prestes a retornar ao mercado, oito anos após a sua aquisição pela Vale. A IPO em estudo para o negócio de metais básicos da companhia, na bolsa de valores do Canadá (TSX), voltaria a atenção da mineradora para o mercado canadense, segundo matéria do jornal canadense Financial Post publicada ontem (3).
Na última terça-feira (2), a Vale afirmou que pode vender parte da sua unidade de metais básicos em uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), com possível listagem na Toronto Stock Exchange (TSX). A Vale pagou quase US$ 20 bilhões pelos ativos de níquel e cobre da Inco em 2006.

Segundo o Financial Post, há duas razões “lógicas” para a Vale considerar a IPO neste momento. A primeira é que a mineradora quer liquidez, uma vez que há planos de um grande gasto de capital no próximo ano, em meio aos baixos preços do minério de ferro. A segunda é, de acordo com o jornal canadense a mais importante, é que estes ativos estão “completamente perdidos” dentro da mineradora brasileira.

"Nós acreditamos que há um valor escondido lá [nos negócios de metais básicos]. Nós acreditamos que este valor tem que ser melhor expressado", afirmou o presidente da Vale, Murilo Ferreira, durante o Vale Day, encontro com investidores que aconteceu na última terça-feira (2), em Nova York

A Vale se considera uma empresa de mineração diversificada, mas a maior parte de seus lucros vêm do minério de ferro. Apesar da queda nos preços da commodity desde o início deste ano, cerca de 80% do Ebitda da companhia no terceiro trimestre foram gerados pelos negócios de minério de ferro.

No mesmo período do ano passado, quando os preços da commodity ainda estavam em patamares elevados, o minério de ferro foi responsável por 97% do Ebitda da mineradora.

O negócio de metais básicos também é bastante rentável e gerou US$ 781 milhões de Ebitda para a Vale de junho a setembro deste ano. Mas, segundo o Financial Post, analistas e investidores dão pouca atenção à unidade.

A mineradora afirmou que seu negócio de metais básicos pode valer de US$ 30 bilhões a US$ 35 bilhões, preço pouco inferior ao seu atual valor de mercado, de US$ 43 bilhões. De acordo com a apresentação no Vale Day, a empresa busca vender uma pequena participação no negócio, de cerca de 30% a 40%, mantendo assim o controle da unidade.

“Eu acho que é eminentemente lógico para a Vale retomar a Inco e para Rio Tinto retomar a Alcan. O negócio de minério de ferro cresceu tanto ao longo da última década, tanto em volume quanto em preço, que dominaram as empresas", afirmou o analista independente John Tumazos, em entrevista ao Financial Post.

A Vale ainda não levou a proposta de IPO ao seu Conselho de Administração. Mas, segundo Ferreira, caso a transação seja aprovada, a TSX seria um lugar “lógico” para listar as ações da nova empresa, mantendo a sede da unidade de metais básicos em Toronto.

Isso seria um avanço bem-vindo para os investidores no Canadá, que buscam adquirir novas empresas de mineração após as aquisições de Inco, Alcon e Falconbridge na última década.

Mas, se a Inco voltar, seria muito diferente da empresa adquirida pela Vale em 2006. A mina de níquel na Nova Caledônia, conhecida como Goro nos tempos de Inco, está finalmente pronta e em funcionamento. A mina Voisey's Bay, em Labrador, no Canadá, que ainda era um projeto em 2006, já está funcionando plenamente e a Vale planeja, inclusive, uma expansão subterrânea da planta no curto prazo.

A Vale abriu ainda uma nova mina em Sudbury, também no Canadá, em fevereiro deste ano, chamada Totten, a primeira da empresa na região em quatro décadas, incluindo o período de operações como Inco. A minerado brasileira também concluiu projetos de níquel, carvão e energia elétrica na Indonésia.

A nova Inco viria aditivada pelas minas de níquel da Onça Puma (MOP), as de cobre de Salobo e de Sossego, todas no Pará. Além de minas de cobre na Zâmbia. Com informações do Financial Post.

terça-feira, 10 de junho de 2014

RACISMO NO BRASIL

OU PORQUE AS LEIS NÃO FUNCIONAM E DESAFIAM O ESTADO

Uma Copa sem racismo. Esse é o objetivo do governo federal para o Mundial com sede no Brasil. Secretarias e governos estaduais têm aderido a campanhas para combater esse crime e conscientizar a população quanto ao respeito às diferenças, aproveitando a chegada da Copa do Mundo da FIFA 2014 e toda a diversidade cultural, racial e religiosa dos turistas e torcedores.
De acordo com a Fifa, durante as quartas de final da Copa do Mundo, as seleções envolvidas nas quatro partidas levantarão faixas com mensagens contra o racismo.
Em fevereiro, a presidenta Dilma Rousseff, em visita ao Vaticano, pediu ao Papa Francisco uma mensagem de paz e contra o preconceito para a Copa. “Pedi um posicionamento quanto à questão da paz e contra o preconceito, especificamente contra o racismo”, afirmou a presidenta.
Para Dilma, o futebol tem o poder de ser uma ação afirmativa na luta contra o preconceito e o racismo, além de disseminar os valores da paz, do entendimento entre os homens e entre as nações.
“Um País tão multicultural, onde todas as raças do mundo são encontradas, abre uma possibilidade para uma ação contra o racismo e a discriminação”, destacou.  
Como uma das iniciativas para conscientizar a população, o Ministério do Esporte vai  relançar, em edição bilíngue, o livro "O Negro no Futebol Brasileiro", publicado originalmente em 1947 pelo jornalista Mário Filho e entronizado como um estudo clássico do esporte no País. Será um reconhecimento da contribuição do negro à formação social brasileira e exaltação à mestiçagem que nos distingue como nação.
Campanha
Copa sem Racismo, esse é o tema da campanha do governo federal lançada em 7 de maio. O governo preparou diversas ações publicitárias para conscientizar a sociedade de que racismo é crime e intolerável. Elas serão vinculadas em sites de notícias e portais dos Ministérios e órgãos públicos. A campanha também traz um movimento nas redes sociais com a hashtag #copasemracismo e vídeos que estão sendo exibidos nos canais abertos de televisões. O objetivo é fazer da Copa no Mundo no Brasil um símbolo mundial contra o racismo.
Racismo é crime
Há 25 anos, o racismo foi definido na Constituição Federal, pela Lei 7.716/89, como um crime inafiançável e imprescritível no País.
Segundo a lei, não pode ter a punição paga com fiança e não tem tempo de validade – e, ainda segundo a Constituição, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
Ou seja, ser impedido de exercer os seus direitos por conta de sua cor, religião, opção sexual, entre outros, se caracteriza como crime e precisa ser denunciado, e o primeiro passo é procurar a delegacia mais próxima e abrir um boletim de ocorrência. Algumas capitais também possuem telefones específicos para isso.
Denúncias por telefone
Em São Paulo, por exemplo, onde ocorrerá  a abertura da Copa do Mundo, vítimas de racismo podem ligar para o SOS Racismo, no telefone 0800-77-33-886.
Já no Rio de Janeiro a denúncia pode ser feita através do email  racismo@sejdic.rj.gov.br ou pelo telefone 21 2334-5587.
No Distrito Federal, foi lançado no ano passado o Disque Racismo, feito pelo número 154 opção 7.
Em Pernambuco, há uma central de denúncias com o número 0800 281 9455. Em Porto Alegre, também cidade-sede do Mundial conta com o 0800-5412333 para receber denúncias do crime.

FIFA destaca Copa de 2014 como "ocasião perfeita" para combater racismo

21/03/2014 - 16:28
No dia Internacional contra a Discriminação Racial, diretor de força-tarefa criada pela entidade máxima do futebol destaca o papel do Brasil para combater o preconceito
No dia Internacional contra a Discriminação Racial, o diretor da força-tarefa criada pela FIFA para discutir o tema, Jeffrey Webb, enviou uma mensagem na qual destaca que a Copa do Mundo de 2014 será “a ocasião perfeita para reforçar a mensagem de que o futebol é para todos”. Segundo ele, a fase de quartas de final da competição será dedicada ao combate ao racismo.
“Estou convencido de que o Brasil, com a sua sociedade diversificada, será o anfitrião perfeito. Como a presidente Dilma Rousseff mencionou recentemente, esta será a Copa do Mundo contra o racismo e todas as formas de discriminação. O futebol tem o poder de promover a integração e endossar modelos positivos na sociedade. Este esporte tão bonito é cheio de paixão, e a paixão tem o poder de abrir o caminho para transformações profundas”, afirmou na nota.
Escolhido pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, o tema deste ano é destacar o papel que os esportes podem desempenhar no combate ao racismo e à discriminação. “A nossa meta é promover um esporte no qual todos abracem a diversidade e a universalidade em todo o mundo”, comentou Jeffrey Webb.

A força-tarefa da FIFA para combater a discriminação racial foi criada em maio de 2013, após deliberação do congresso da entidade máxima do futebol, que aprovou punições em casos de racismo. Entre elas estão a retirada de pontos, a expulsão de uma competição ou o rebaixamento no caso de reincidentes ou incidentes graves das equipes.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

MODERNIDADE E ECONOMIA GLOBAL


Porque a COPA DO MUNDO NO BRASIL é mais um problema?
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Estamos a poucos dias do inicio da copa do mundo de futebol. E acredito que o Brasil vá ganhar mais esta copa. Não por ter o melhor futebol, a melhor organização. Mas por ter os maiores problemas que a FIFA já enfrentou ao tentar realizar seu campeonato. Nunca antes o futebol brasileiro teve sob tanto fogo cruzado. Os problemas sociais – o grave e violento apartheid social e racial em que vive o país e que o mundo não reconhece e nem observa irão operar e aparecer de forma raivosa e o mundo não entenderão como o país das mulatas, do  carnaval, do futebol e do homem gentil se tornou tão irascível e nervoso.
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É o que estamos vivendo. É o que aconteceu nos últimos anos de uma falsa democracia sob-regime e controle de trabalhadores burgueses. O partido dos trabalhadores criou a cultura do invisível – todas as principais mazelas relativas à igualdade de oportunidades, a violência direta do estado contra pobres e pretos, o atraso institucional vindo do período da escravidão, ainda são renitentes e norteiam qualquer opção de desenvolvimento e oportunidade, em qualquer situação no país. Nos últimos 20 anos, o estado brasileiro matou tanta gente. Muito mais que na guerra da síria, do Afeganistão ou do Iraque. Nunca foram dizimados de forma covarde tantos jovens, todos negros. Esta em curso no país atualmente uma faxina étnica tremenda, desumana e muito bem camuflada. Dados do próprio governo apontam para a mortandade desenfreada de jovens da periférica das grandes e medias cidades, de jovens insistentemente não brancos. Que não protestam – alias, o líder dos rolezinhos de protestos foi morto num baile funk recentemente. Seguramente por forças da segurança de estado disfarçadas.
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O exemplo que gringos não entende de violência institucional são a repressão aos rolezinhos: jovens não brancos invadem os centro  de compras – shoppings, para lanchar e passear. Há protestos dos brancos burgueses e as forças de segurança do estado aparecem com todo seu aparato – armas letais, truculência, violência, para achincalhar jovens desarmados, cujo único crime - querer desfrutar do ambiente burguês – são humilhados, espancados e presos, alguns assassinados. Numa clara demonstração de intolerância que o mundo precisa reconhecer e entender.
Pela minha analise todos estes movimentos são uma resposta a repressão violenta e a falta de canais de comunicação entre as classes econômicas e o estado – que pressionado pela burguesia, reage matando crianças, atacando preventivamente como se esta reação abrandasse a violência. As forças de segurança estão perdidas, são povo e agem sempre contra o povo. Que esta se armando assustadoramente para reagir à violência policial, a violência do aparelho do estado.  As torturas continuam o estado brasileiro sempre foi o maior patrocinador da tortura. Mesmo tendo como presidenta uma mulher que foi presa e torturada.

Não somos um povo gentil nem hospitaleiro
Os gringos ou estrangeiros que virão ao Brasil para assistirem aos eventos da copa do mundo devem estar preparados. Serão hostilizados ou se meterão num caldeirão dos infernos. Vão encontrar uma população revoltada – com os gastos absurdos para construir esta copa,  ou com a ausência do estado brasileiro em questões básicas do  seu cotidiano: segurança, mobilidade, saúde, educação. O crescimento econômico propugnado pelos especialistas apenas exponenciou as mazelas históricas nunca atacadas de fato pelo estado. E num imobilismo radical, nunca por qualquer grupo de poder, de direita ou esquerda. 
Imagem da Internet
Não esperam facilidades nesta estada, apesar de amarmos estrangeiros. Mas o momento  social não é propicio para festas. Há muito para fazer e hoje a sociedade toda percebe o quão pouco foi feito.

A Copa do Mundo da FIFA, agora percebemos, foi um engodo violento do estado. Os recursos empregados ultrapassaram em muito o orçamento e previsto. Se uma fração dessa montanha de recursos fosse aplicada na educação, na habitação popular, no combate a corrupção, no atendimento médio/hospitalar, talvez fosse possível amenizar a revolta. Mas não, apenas a truculência e a falta de dialogo imperam. Daí a revolta social.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

QUANDO TEREMOS UMA PARAUAPEBAS CIDADE?

SUAS HISTÓRICAS RESOLUÇÕES E AÇÕES  METROPOLITANAS

 Aproveitamos a oportunidade para lembrar aos nobres vereadores que a carreira política precisa ser encarada com pragmatismo e determinação. Ninguém quer ser vereador para sempre ou ter apenas uma legislatura. Quatro anos são quatro dias e as ações de hoje podem perenizar ou encurtar os planos de muita gente. Analisamos a ação do executivo e jamais concordamos com qualquer tipo de partilha de poder pelo poder. Para partilhar  um poder concedido pelas urnas, no mínimo as massas devem ser ouvidas. E não temos interlocutores das bases, foram destruídas ou se tornaram massa de manobra de algumas pessoas.

Mas por favor, continue lendo nossa análise baseada no Estatuto das Cidades que já enviamos a todas as partes e atores deste projeto de cidade chamado PARAUAPEBAS.

... explicar o que LEVOU a prefeitura tentar fazer, NAS GESTÕES ANTERIORES A implantação, em franco desacordo com o Estatuto das Cidades, DO distrito industrial em Parauapebas. Por parte dos empresários, ficou patente a falta de preparo e posicionamento sobre o projeto. Da minha parte, apesar das evidências, não sei se a vocação da cidade é a mineração. Temos que pensar e querer mais, ficar eternamente dependendo dos royalties da CVRD é muito arriscado. Não podemos perder de vista os incentivos do governo do estado, as oportunidades do ecoturismo, DO LAZER, da dinâmica do terceiro setor, das jóias, da movelaria, da educação e principalmente do cluster global do gado, do camarão e do peixe, do potencial industrial da agricultura, sem falar nos serviços, apenas para citar alguns campos no mínimo passíveis de estudo para se definir o que queremos de produção, geração de empregos, renda e crescimento econômico para nossa cidade.

E o mais grave, nunca falamos da importância da câmara municipal no desenvolvimento e implantação de qualquer projeto de crescimento, alteração ou desenvolvimento: as leis locais exigirão dos vereadores um consistente conhecimento do Estatuto das Cidades, de planejamento e desenvolvimento econômico e da liberdade que os agentes tem para abrir mão de arrecadação e transferência de recursos para a iniciativa privada se estabelecer em novas matrizes de produção. A câmara de vereadores precisa se qualificar para o debate na geração de novas matrizes econômicas para Parauapebas. Precisa se desapegar da partilha de poder, que acaba se tornando inócua, sem resultados concretos para a sociedade civil.

Ainda, a relação custo-benefício da transformação, eliminação ou surgimento de novas matrizes econômicas, que possam substituir ou amenizar a perda constante de receita da mineração: quem banca os estudos e pesquisas, as novas demandas de  arruamento, asfalto, energia, telefone, Internet, transporte, saneamento? Sem citar a preparação de novas cabeças, novas habilidades técnico-profissionais para se estabelecer como nova matriz econômica num estado historicamente atrasado e carente de tudo. Não é barato. E precisa de tempo. É absurdamente claro que Parauapebas é ainda infraestrutura, e toda implantação de infraestrutura precisa de tempo. Em quatro anos não dá e as coisas vão acontecendo muito lentamente. Não há debate público nem mesmo participação da sociedade civil organizada nos planos de uma possível transformação ou mesmo preparo para Parauapebas.

A referida lei, exige coordenação, envolvimento, transparência e temos outro ponto de vista. São ações que envolverão anos de serviços, negociações para aprovação das regras, participação determinante do legislativo, impedimentos judiciais. Os resultados de tudo isto tendem a aparecer somente no médio prazo e podem não ser os esperados. Por isto insisto, cadê  a readequação do Plano Diretor, que já deveria estar aprovado? Se ele existe, onde está?  Ele traz em seu bojo todas estas demandas, que no fundo são de planejamento.

O Estatuto das cidades
A lei 10257, de 10/08/01, Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece Diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências.
No seu art. 2º, destacamos alguns parágrafos que julgamos importantes para ajudar a orientar o debate, para esclarecer o que precisa ser feito em relação a decisões de tamanha importância para uma cidade. Estou levando em conta os 113 dias de estudos e planejamento do governo que está devendo a apresentação do decidido. Não sabemos se o legislativo participou, pois várias decisões precisam ser respaldadas pelos vereadores preventivamente, inclusive sua participação pública na forma de aprovação de novas leis e regras.

Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;
II – gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social;
IV – planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e das atividades econômicas do Município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;
V – oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais;
VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;
b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados em relação à infra-estrutura urbana;
d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como pólos geradores de tráfego, sem a previsão da infraestrutura correspondente;
e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização;
f) a deterioração das áreas urbanizadas;
g) a poluição e a degradação ambiental;
VII – integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o desenvolvimento socioeconômico do Município e do território sob sua área de influência;
VIII – adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de expansão urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econômica do Município e do território sob sua área de influência;
IX – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização;
X – adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira e dos gastos públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano, de modo a privilegiar os investimentos geradores de bem-estar geral e a fruição dos bens pelos diferentes segmentos sociais;
XI – recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha resultado a valorização de imóveis urbanos;
XII – proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico;
XIII – audiência do Poder Público municipal e da população interessada nos processos de implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou construído, o conforto ou a segurança da população;
XIV – regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas ambientais;
XV – simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e das normas edilícias, com vistas a permitir a redução dos custos e o aumento da oferta dos lotes e unidades habitacionais;
XVI – isonomia de condições para os agentes públicos e privados na promoção de empreendimentos e atividades relativos ao processo de urbanização, atendido o interesse social.

Ainda, num contexto puramente jurídico, o poder municipal utiliza instrumentos legais para a consecução dos seus projetos. Na implantação do distrito industrial ou na aprovação de novas medidas que visem substituir ou mesmo implementar novas matrizes econômicas,  que é o caso em tela, os instrumentos são também os citados neste estatuto, conforme  Capítulo II - Dos Instrumentos da Política Urbana ,  Seção I - Dos Instrumentos em Geral.  Destacamos para melhor compreensão, alguns pontos importantes para este projeto, o DI.

Art. 4o Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos:
I – planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;
II – planejamento das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões;
III – planejamento municipal, em especial:
a) plano diretor;
b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo;
c) zoneamento ambiental;
d) plano plurianual;
e) diretrizes orçamentárias e orçamento anual;
f) gestão orçamentária participativa;
g) planos, programas e projetos setoriais;
h) planos de desenvolvimento econômico e social;
IV – institutos tributários e financeiros:
a) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana – IPTU;
b) contribuição de melhoria;
c) incentivos e benefícios fiscais e financeiros;
V – institutos jurídicos e políticos:
a) desapropriação;
b) servidão administrativa;
c) limitações administrativas;
d) tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano;
e) instituição de unidades de conservação;
f) instituição de zonas especiais de interesse social;
g) concessão de direito real de uso;
h) concessão de uso especial para fins de moradia;
i) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;
j) usucapião especial de imóvel urbano;
l) direito de superfície;
m) direito de preempção;
n) outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso;
o) transferência do direito de construir;
p) operações urbanas consorciadas;
q) regularização fundiária;
r) assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos favorecidos;
s) referendo popular e plebiscito;
VI – estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV).
§ 1o Os instrumentos mencionados neste artigo regem-se pela legislação que lhes é própria, observado o disposto nesta Lei.
§ 2o Nos casos de programas e projetos habitacionais de interesse social, desenvolvidos por órgãos ou entidades da Administração Pública com atuação específica nessa área, a concessão de direito real de uso de imóveis públicos poderá ser contratada coletivamente.
§ 3o Os instrumentos previstos neste artigo que demandam dispêndio de recursos por parte do Poder Público municipal devem ser objeto de controle social, garantida a participação de comunidades, movimentos e entidades da sociedade civil.


Finalizando e de acordo com o Estatuto das Cidades ou qualquer manual de administração pública, destacamos a regulamentação da necessidade do Plano Diretor. Entendemos que  não  há distrito industrial, não há infraestrutura, não há nada numa cidade dentro do perfil em que é obrigada a ter um plano diretor se não o apresentar.  Não podemos pensar no desenvolvimento, na vocação da cidade se não termos um projeto aprovado e compromissado por executivo e legislativo de que as coisas serão aquelas ali definidas previamente em lei. O envolvimento ilegal, a corrupção, as relações conflituosas desaparecem quando ambos os poderes municipais se comprometem num projeto de médio e longo prazo. Assim, de acordo com os Artigos 41 e 50  desta lei, torna-se obrigatório elaborar o Plano Diretor municipal no   prazo máximo até julho de 2006.  E foi elaborado  e aprovado  na ultima hora, apenas para se cumprir prazos legais. Mas foi criado um PLANO DIRETOR AMORFO, SEM PERSONALIDADE. Este estatuto entrou em vigor em 10/08/2001. Do zoneamento urbano e rural e do debate com a sociedade civil saem o local, o perfil de negócios, o plano de investimentos, a política de incentivos e o modelo de gestão  para o estabelecimento do DI. NESTE ANO DE 2014, ainda não temos nada funcionando no Distrito Industrial. Agravada a situação da cidade com a crise econômica da VALE, que durante o ano de 2013 terminou sua implantação final em Carajás, estamos vivenciando o que será o  pós município minerador. E não há lideranças capacitadas ou que queiram iniciar um debate serio sobre os destinos de PARAUAPEBAS.

Capítulo III - Do Plano Diretor. 
Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas, respeitadas as diretrizes previstas no art. 2o desta Lei.
Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana.
§ 1o O plano diretor é parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas.
§ 2o O plano diretor deverá englobar o território do Município como um todo.
§ 3o A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos.
§ 4o No processo de elaboração do plano diretor e na fiscalização de sua implementação, os Poderes Legislativo e Executivo municipais garantirão:
I – a promoção de audiências públicas e debates com a participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade;
II – a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos;
III – o acesso de qualquer interessado aos documentos e informações produzidos.
§ 5o (VETADO).

Art. 41. O plano diretor é obrigatório para cidades:
I – com mais de vinte mil habitantes;
II – integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;
III – onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no 4o do art. 182 da Constituição Federal;
IV – integrantes de áreas de especial interesse turístico;
V – inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.
§ 1o No caso da realização de empreendimentos ou atividades enquadrados no inciso V do caput, os recursos técnicos e financeiros para a elaboração do plano diretor estarão inseridos entre as medidas de compensação adotadas.
§ 2o No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, deverá ser elaborado um plano de transporte urbano integrado, compatível com o plano diretor ou nele inserido.


Art. 42. O plano diretor deverá conter no mínimo:
I – a delimitação das áreas urbanas onde poderá ser aplicado o parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, considerando a existência de infraestrutura e de demanda para utilização, na forma do art. 5o desta Lei;
II – disposições requeridas pelos arts. 25, 28, 29, 32 e 35 desta Lei;
III – sistema de acompanhamento e controle.

Ananindeua e Belém podem ter erros e certamente serão exponenciados aqui se não tratarmos o polo industrial como  mais uma política publica de geração de emprego e renda. Há métodos gerenciais para se estabelecer cronograma de implantação e volume de empregos gerados e viabilidade econômica.  Precisa é se definir que empresas queremos no distrito industrial, que deve estar inserido, de preferência,  no polo industrial ou cluster de produção regional, potencializando as condições de sucesso do DI de Parauapebas. Temos que falar em política regional, pois vamos compartilhar com outras cidades,  estradas, comunicações, escoamento, técnicas de produção, know how, especialização de mão de obra. É muito recente as discussões, foram iniciadas em janeiro, não se definiu ainda que indústrias, não se tem como definir ainda quem ocupará o DI. Há muitos custos envolvidos, não se trata apenas de uma transferência de indústrias, nem base industrial a cidade tem. Acreditamos que será necessário o governo municipal olhar o que herdou em termos de projetos e alternativas reais e imediatas de geração de emprego e renda. Há cooperativas, associações de bairros, entidades do terceiro setor com enorme potencial de geração de renda e ocupação, principalmente para os jovens, que poderiam quase que de imediato apresentar resultados e avanços significativos. Não há políticas  reais para a geração de emprego e renda. Nem preocupação formal com o trabalho há, quem no poder municipal, num governo de empresários, cuida do trabalho? Em relação ao DI para esta finalidade, as prefeituras podem fazer realmente muito pouco. Há uma forte demanda dos jovens para o primeiro emprego e não temos ainda uma política firme para a questão da mão de obra desqualificada vinda a rodo do estado de Maranhão. É preciso o governo, os sindicatos e os empresários se abrirem para o debate e perceber que uma cidade é de fato para todos.

sexta-feira, 14 de março de 2014

TREINAMENTO PROFISSIONAL E HUMANIDADE. COMO NOS TORNAMOS REFERENCIA EM EDUCAÇÃO EMPRESARIAL EM CARAJÁS.

Percebemos ao longo desses anos, a ocorrência deste importante fator de aprendizado em alunos aprendizes ou operários adultos e qualificados. É um problema quando não detectado  pela escola e treinado seus instrutores para a importância da prática direcionada. Muitos dos nossos alunos retornam pelo nosso foco na pratica em treinamento profissional. Leiam:

A Dislexia
O que é dislexia? Causas, Sinais e Cura

Peanuts Collector Club
A dislexia é uma das mais comuns deficiências de aprendizado. Segundo pesquisas realizadas, 20% de todas as crianças sofrem de dislexia – o que causa com que elas tenham grande dificuldade ao aprender a ler, escrever e soletrar. Pessoas disléxicas – e que nunca se trataram – lêem com dificuldade, pois é difícil para elas assimilarem palavras. Disléxicos também geralmente soletram muito mal. Isto não quer dizer que crianças disléxicas são menos inteligentes; aliás, muitas delas apresentam um grau de inteligência normal ou até superior ao da maioria da população.
A dislexia persiste apesar da boa escolaridade. É necessário que pais, professores e educadores estejam cientes de que um alto número de crianças sofre de dislexia. Caso contrário, eles confundirão dislexia com preguiça ou má disciplina. É normal que crianças disléxicas expressem sua frustração por meio de mal-comportamento dentro e fora da sala de aula. Portanto, pais e educadores devem saber identificar os sinais que indicam que uma criança é disléxica - e não preguiçosa, pouco inteligente ou mal-comportada.
A dislexia não deve ser motivo de vergonha para crianças que sofrem dela ou para seus pais. Dislexia não significa falta de inteligência e não é um indicativo de futuras dificuldades acadêmicas e profissionais. A dislexia, principalmente quando tratada, não implica em falta de sucesso no futuro. Alguns exemplos de pessoas disléxicas que obtiveram grande sucesso profissional são Thomas Edison (inventor), Tom Cruise (ator), Walt Disney (fundador dos personagens e estúdios Disney) e Agatha Christie (autora). Alguns pesquisadores acreditam que pessoas disléxicas têm até uma maior probabilidade de serem bem sucedidas; acredita-se que a batalha inicial de disléxicos para aprender de maneira convencional estimula sua criatividade e desenvolve uma habilidade para lidar melhor com problemas e com o stress.
A Dislexia

O que é dislexia? Causas, Sinais e Cura


Causas da Dislexia
As causas da dislexia são neurobiológicas e genéticas. A dislexia é herdada e, portanto, uma criança disléxica tem algum pai, avō, tio ou primo que também é disléxico.
Diferentemente de outras pessoas que não sofrem de dislexia, disléxicos processam informações em uma área diferente de seu cérebro; não obstante, os cérebros de disléxicos são perfeitamente normais. A dislexia parece resultar de falhas nas conexões cerebrais. Felizmente, existem tratamentos que curam a dislexia. Estes tratamentos buscam estimular a capacidade do cérebro de relacionar letras aos sons que as representam e, posteriormente, ao significado das palavras que elas formam. Alguns pesquisadores acreditam que quanto mais cedo é tratada a dislexia, maior a chance de corrigir as falhas nas conexões cerebrais da criança. Em outras palavras, a dislexia, se tratada nos primeiros anos de vida da criança, pode ser curada por completo.
Para melhor entender a causa da dislexia, é necessário conhecer, de forma geral, como funciona o cérebro. Diferentes partes do cérebro exercem funções especificas. A área esquerda do cérebro, por exemplo, está mais diretamente relacionada ą linguagem; nela foram identificadas três sub-áreas distintas: uma delas processa fonemas, outra analisa palavras e a sétima reconhece palavras. Essas três subdivisões trabalham em conjunto, permitindo que o ser humano aprenda a ler e escrever. Uma criança aprende a ler ao reconhecer e processar fonemas, memorizando as letras e seus sons. Ela passa então a analisar as palavras, dividindo-as em sílabas e fonemas e relacionando as letras a seus respectivos sons. Ą medida que a criança adquire a habilidade de ler com mais facilidade, outra parte de seu cérebro passa a se desenvolver; sua função é a de construir uma memória permanente que imediatamente reconheça palavras que lhe são familiares.  Ą medida que a criança progride no aprendizado da leitura, esta parte do cérebro passa a dominar o processo e, conseqüentemente, a leitura passa a exigir menos esforço.
O cérebro de disléxicos, devido ąs falhas nas conexões cerebrais, não funciona desta forma.  No processo de leitura, os disléxicos recorrem somente ą área cerebral que processa fonemas. A conseqüência disso é que disléxicos tem dificuldade em diferenciar fonemas de silabas, pois sua região cerebral responsável pela análise de palavras permanece inativa. Suas ligações cerebrais não incluem a área responsável pela identificação de palavras e, portanto, a criança disléxica não consegue reconhecer palavras que já tenha lido ou estudado. A leitura se torna um grande esforço para ela, pois toda palavra que ela lá aparenta ser nova e desconhecida.
A Dislexia

O que é dislexia? Causas, Sinais e Cura


Sinais e Características de Dislexia
O ideal seria que toda criança fosse testada para detectar se ela sofre de dislexia. Porém, o sistema educacional brasileiro é deficiente e há uma falta de recursos na maioria das escolas do País. Portanto, é importante que pais e professores fiquem atentos aos sinais de dislexia para que possam ajudar seus filhos e alunos.
O primeiro sinal de possível dislexia pode ser detectado quando a criança, apesar de estudar numa boa escola, tem grande dificuldade em assimilar o que é ensinado pelo professor. Crianças cujo desenvolvimento educacional é retardatário podem ser bastante inteligentes, mas sofrer de dislexia. O melhor procedimento a ser adotado é permitir que profissionais qualificados examinem a criança para averiguar se ela é disléxica. A dislexia não é o único distúrbio que inibe o aprendizado, mas é o mais comum.
São muitos os sinais que identificam a dislexia. Crianças disléxicas tendem a confundir letras com grande freqüência. Entretanto, esse indicativo não é totalmente confiável, pois muitas crianças, inclusive não-disléxicas, freqüentemente confundem as letras do alfabeto e as escrevem de lado ao contrário. No Jardim de Infância, crianças disléxicas demonstram dificuldade ao tentar rimar palavras e reconhecer letras e fonemas. Na primeira série, elas não conseguem ler palavras curtas e simples, têm dificuldade em identificar fonemas e reclamam que ler é muito difícil. Da segunda ą quinta série, crianças disléxicas têm dificuldade em soletrar, ler em voz alta e memorizar palavras; elas também freqüentemente confundem palavras. Esses são apenas alguns dos muitos sinais que identificam que uma criança sofre de dislexia.
A dislexia é tão comum em meninos quanto em meninas.
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O que é dislexia? Causas, Sinais e Cura


O que pode ser feito?
Nunca é tarde demais para ensinar disléxicos a ler e a processar informações com mais eficiência. Entretanto, diferente da fala – que qualquer criança acaba adquirindo – a leitura precisa ser ensinada. Utilizando métodos adequados de tratamento e com muita atenção e carinho, a dislexia pode ser derrotada. Crianças disléxicas que receberam tratamento desde cedo apresentam uma menor dificuldade ao aprender a ler. Isso evita com que a criança se atrase na escola ou passe a desgostar de estudar.
É importante enfatizar que a dislexia não é curada sem um tratamento apropriado. Não se trata de um problema que é superado com o tempo; a dislexia não pode passar despercebida. Pais e professores devem se esforçar para identificar a possibilidade de seus filhos ou alunos sofrerem de dislexia. Crianças disléxicas que foram tratadas desde cedo superam o problema e passam a se assemelhar ąquelas que nunca tiveram qualquer dificuldade de aprendizado.
Foram desenvolvidos diversos programas para curar a dislexia. Não há um só tratamento que seja adequado a todas as pessoas. Contudo, a maioria dos tratamentos enfatiza a assimilação de fonemas, o desenvolvimento do vocabulário, a melhoria da compreensão e fluência na leitura. Esses tratamentos ajudam o disléxico a reconhecer sons, sílabas, palavras e, por fim, frases. É aconselhável que a criança disléxica leia em voz alta com um adulto para que ele possa corrigi-la. É importante saber que ajudar disléxicos a melhorar sua leitura é muito trabalhoso e exige muita atenção e repetição. Mas um bom tratamento certamente rende bons resultados.  Alguns estudos sugerem que um tratamento adequado, administrado ainda cedo na vida escolar de uma criança, pode corrigir as falhas nas conexões cerebrais ao ponto que elas desapareçam por completo.
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O que é dislexia? Causas, Sinais e Cura


Toda criança necessita de apoio e paciência. Muitas crianças disléxicas sofrem de falta de autoconfiança, pois se sentem menos inteligentes que seus amigos. Porém, um bom tratamento pode curar a dislexia. Muitos disléxicos tiveram grande sucesso profissional; existe uma alta porcentagem de disléxicos entre os grandes artistas, cientistas e executivos. Muitos especialistas acreditam que pessoas disléxicas, por serem forçadas a pensar de forma diferente, são mais habilidosas e criativas e têm idéias inovadoras que superam as de não-disléxicos.
Apesar das salas de aula estarem lotadas e apesar da falta de recursos para pesquisas, a dislexia precisa ser combatida. Muitos casos de dislexia passam desapercebidos em nossas escolas. Muitas vezes, crianças inteligentíssimas, mas que sofrem de dislexia, aparentam ser péssimos alunos; muitas dessas crianças se envergonham de suas dificuldades acadêmicas, abandonam a escola e se isolam de amigos e familiares. Muitos pais, por falta de conhecimento, se envergonham de ter um filho disléxico e evitam tratar do problema. Isso é lamentável, pois crianças disléxicas que recebem um tratamento apropriado podem não apenas superar essa dificuldade, mas até utilizá-la como beneficio para se sobressair pessoal e profissionalmente.
Fontes:
Time – July 20, 2003 – The New Science of Dislexia – By Christine Gorman
http:/www.interdys.org/index.jsp

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O que é dislexia? Causas, Sinais e Cura

Será que seu filho é disléxico?

Entre 3 a 6 anos

Na pré-escola

1. Ele persiste em falar como um bebê?
2. Freqüentemente pronuncia palavras de forma errada?
3. Não consegue reconhecer as letras que soletram seu nome?
4. Tem dificuldade em lembrar o nome de letras, números e dias da semana?
5. Leva muito tempo para aprender novas palavras?
6. Tem dificuldade em aprender rimas infantis?

Entre 6 ou 7 anos

Primeira-série

1. Tem dificuldade em dividir palavras em sílabas?
2. Não consegue ler palavras simples e monossilábicas, tais como “rei” ou “bom”?
3. Comete erros de leitura que demonstram uma dificuldade em relacionar letras a seus respectivos sons?
4. Tem dificuldade em reconhecer fonemas?
5. Reclama que ler é muito difícil?
6. Freqüentemente comete erros quando escreve e soletra palavras?
7. Memoriza textos sem compreendê-los?

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O que é dislexia? Causas, Sinais e Cura

Entre 7 e 12 anos.
1. Comete erros ao pronunciar palavras longas ou complicadas?
2. Confunde palavras de sonoridade semelhante, como “tomate” e “tapete”, “loēćo” e “canēćo”?
3. Utiliza excessivamente palavras vagas como “coisa”?
4. Tem dificuldade para memorizar datas, nomes ou números de telefone?
5. Pula partes de palavras quando estas tem muitas sílabas?
6. Costuma substituir palavras difíceis por outras mais simples quando lá em voz alta; por exemplo, lá “carro” invés de “automóvel”?
7. Comete muitos erros de ortografia?
8. Escreve de forma confusa?
9. Não consegue terminar as provas de sala-de-aula?
10. Sente muito medo de ler em voz alta?
A partir dos 12 anos
1. Comete erros na pronúncia de palavras longas ou complicadas?
2. Seu nível de leitura está abaixo de seus colegas de sala-de-aula?
3. Inverte a ordem das letras – “bolo” por “lobo”, “lago” por “logo”?
4. Tem dificuldades em soletrar palavras? Soletra a mesma palavra de formas diferentes numa mesma página?
5. Lá muito devagar?
6. Evita ler e escrever ?
7. Tem dificuldade em resolver problemas de matemática que requeiram leitura?
8. Tem muita dificuldade em aprender uma língua estrangeira?

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O que é dislexia? Causas, Sinais e Cura

Muitos pais recorrem ą escola para avaliar se seus filhos sofrem de dislexia. Se você suspeita que seu filho é disléxico, mas a escola na qual ele estuda não faz testes de dislexia e não tem especialistas que ajudam crianças disléxicas, procure um outro profissional qualificado. Um bom programa educacional para crianças disléxicas precisa estabelecer objetivos específicos de progresso para o ano letivo. É necessário dedicar muita atenção para que a dislexia seja superada; sendo assim, seja paciente com um aluno ou filho disléxico, e não deixe que ele sofra de baixa auto-estima. Incentive-o a buscar novas atividades e interesses, tais como esportes ou música, e sempre o recompense quando ele progredir em seus estudos.


Fontes: Time – July 20, 2003 – The New Science of Dislexia – By Christine Gorman http:/www.interdys.org/index.jsp