Negros e
indígenas terão cotas na pós-graduação da UFMG a partir de 2018
- 05/04/2017 21h29
- Belo Horizonte
Léo
Rodrigues - Correspondente da Agência Brasil
A Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG) aprovou a reserva de vagas para negros, indígenas e pessoas com
deficiência nos programas de mestrado, mestrado profissional e doutorado. A
medida valerá para os processos seletivos realizados a partir de 2018.
Divulgada hoje (5) pela
instituição, a aprovação das cotas foi decidida por unanimidade pelo Conselho
de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), órgão composto por docentes,
representantes de estudantes e de servidores técnico-administrativos. Também
foi autorizada a criação de uma comissão permanente para acompanhar a medida.
De acordo com a proposta
aprovada, os programas de pós-graduação deverão separar entre 20% e 50% das
vagas para candidatos que se autodeclararem negros, o que, segundo os critérios
utilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), inclui
pretos e pardos.
Os cursos também deverão ter uma
vaga suplementar para indígenas e outra para pessoas com deficiência. Os
processos seletivos deverão sofrer adaptações para atender, por exemplo, a
necessidades de indígenas que não dominam a língua portuguesa e de surdos que
demandam tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
A medida adotada pela UFMG não é
inédita. Em 2015, a Universidade Federal de Goiás (UFG) foi a primeira
instituição pública de ensino do país a adotar cotas na pós-graduação. A
reserva de vagas em cursos de mestrado e doutorado também já é realidade nas
universidades federais da Bahia (UFBA), do Espírito Santo (UFES), do Piauí
(UFPI), de Mato Grosso (UFMT) e de Alagoas (UFAL), entre outras.
Edição: Luana
Lourenço