quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Greve Global



Vale anuncia fim de greve em mina de carvão de Moçambique
Empresa não atingiu performance financeira necessária e não pagou bônus. Funcionários em Minas Gerais também protestaram.
Da Reuters









Trabalhadores da mina de carvão de Moatize da Vale, em Moçambique, retornaram ao trabalho após encerrarem uma greve sobre pagamentos de bônus, disse a empresa nesta quarta-feira (24).
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Um porta-voz da mineradora disse que os 1.400 funcionários, que abandonaram os trabalhos há pouco mais de uma semana, encerraram a greve na sexta-feira.

A Vale disse que nenhum de seus trabalhadores no mundo recebeu bônus porque a empresa não atingiu a performance financeira necessária no ano passado devido aos preços em queda das commodities.

No Brasil, o não pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) tem gerado protestos de funcionários de minas de minério de ferro em Minas Gerais, nesta semana.

Na quinta-feira, a companhia deverá publicar os resultados financeiros do quarto trimestre de 2015. Analistas acreditam que o resultado poderá apresentar melhora ante o mesmo período do ano passado, mas ainda será fraco.

Histórico de movimentos

Na terça-feira, sete minas da companhia e dois terminais ferroviários, nas cidades mineiras de Nova Lima e Itabirito, tiveram seus portões bloqueados por manifestantes para a entrada de funcionários de manhã até o início da tarde, segundo a Vale.

O Sindicato Metabase Belo Horizonte, que representa as minas na região, disse à Reuters que a produção das unidades foi afetada, embora não tenha informado o volume. A Vale ainda não respondeu se confirma o impacto na extração.

As minas impactadas pelo movimento na terça-feira foram Mutuca, Capão Xavier, Tamanduá, Capitão do Mato, Mar Azul, Vargem Grande e Pico.
O Metabase Belo Horizonte diz que a greve foi suspensa temporariamente, aguardando negociações com a Vale.

Em meados de fevereiro, cerca de 1.400 trabalhadores da mina de Moatize, em Moçambique, também entraram em greve devido ao não pagamento de PLR.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Paz no centro da África



República Centro-Africana: “Ainda há muito por fazer”
Catherine Samba-Panza considera ser positivo o balanço da sua presidência interina da República Centro-Africana, como afirma em entrevista exclusiva à DW. 







As eleições gerais de 14 de fevereiro na República Centro-Africana (RCA), assinalam o fim do Governo de transição e da presidência interina de Catherine Samba-Panza. Em entrevista exclusiva com a DW, a governante mantém que “cumpriu a sua missão”. Não obstante considera que o seu sucessor ainda tem muito trabalho pela frente no país que se encontra numa violenta crise política há três anos. A violência gerada pela revolta contra o poder dos rebeldes cristãos que dão pelo nome de Anti-balaka, e a resposta dos vigilantes muçulmanos do Seleka, está mais ou menos contida, mas grupos armados ainda resistem em partes do país.

Catherine Samba-Panza admite que não foi possível solucionar todos os problemas durante o seu mandato, iniciado em Janeiro de 2014. Mas lembra também que herdou uma situação difícil, que obrigou a que os seus esforços se centrassem, sobretudo, no restabelecimento da paz e da segurança. Para o que foi necessário também reforçar a autoridade de Estado, sem descurar o relançamento da economia: "Apesar dos progressos apreciáveis obtidos, ainda resta muito por fazer nos mais diversos domínios, como a segurança e a reconciliação nacional. O Governo que resulta das eleições deverá consolidar as ações já desenvolvidas e responder aos desafios que perduram, integrando toda a população nas soluções, bem entendido". 

Violações de crianças por tropas internacionais

 Acusações de violações e abusos sexuais contra crianças cometidos por soldados das Nações Unidas na RCA abalaram a comunidade internacional

Um dos desafios para o novo Governo é a continuada ocupação de partes do território nacional por grupos armados. Catherine Samba-Panza lembra que o seu Governo lançou um programa específico de reestruturação dos setores da segurança e Justiça. Instalou também um Tribunal Penal Especial (TPE) para julgar crimes de guerra. E espera poder continuar a contar com a ajuda da comunidade internacional, como as Nações Unidas, a União Africana e a União Europeia.

As tropas estrangeiras são, no entanto, impopulares, sobretudo devido à acumulação de casos de violação e abusos sexuais cometidos por alguns dos seus elementos contra crianças. Samba-Panza indigna-se contra o sucedido, mas: "Para começar, temos que agradecer o enorme apoio que nos foi prestado. Mas é verdade que as forças aqui estacionadas não têm só qualidades. Há alguns inconvenientes. Nós não estamos em condições de estacionar as nossas forças de segurança nacionais em todo o território. Necessitamos do apoio da comunidade internacional. Dito isto, deploramos profundamente estes atos abomináveis cometidos contra crianças centro-africanas".

Sociedade civil preocupada com corrupção
A sociedade civil da RCA levanta acusações de corrupção contra o Governo de Samba Panza, que não tocam a Presidente cessante diretamente, mas visam alguns dos seus colaboradores.

Estas críticas são rejeitadas pela chefe interina de Estado, que aponta a aprovação que o saneamento das finanças públicas do país recebeu do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, obrigados a levar a cabo controles rigorosos: "Há sempre muitos boatos. Sabe lá o que já disseram sobre mim. Por exemplo, fui acusada de desviar partes dos apoios financeiros de Angola. Foi um ataque político contra mim. Eu estou serena. Os novos governantes podem controlar as contas à vontade, porque eu sei que não embolsei fundos públicos".


As acusações de “gestão opaca” remontam a 2014 e referem-se a doações angolanas equivalentes a cerca de dez milhões de euros. Um quarto dessa soma não deu entrada nos cofres de Estado, tendo sido destinado, segundo explicações posteriores da presidência de transição, a “fundos políticos” para os esforços de reconciliação não especificados.




quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Matando o proprio corpo



Os 10 países com as maiores taxas de suicídio do mundo
08 fev 2016 — 19h04 






De acordo com um estúdio da Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos uma pessoa se suicida no mundo a cada 40 segundos. O suicídio se tornou uma verdadeira epidemia de proporções globais, sendo uma preocupação constante para vários países ao redor da Terra. Os maiores índices costumam ser registrados em nações pobres, onde os habitantes sofrem com problemas socioeconômicos.

Confira agora um ranking com os 10 países com as maiores taxas de suicídio do mundo. Vale observar que os números estão de acordo com o padrão adotado pela OMS para fazer a medição: número de mortes (em milhares) para cada cem mil habitantes.

10) Cazaquistão – 23,8 (40,6 homens – 9,3 mulheres)
O país localizado na Ásia Central já sofre há muito tempo com o alto índice de suicídios. Geralmente, quem tira sua própria vida por lá são estudantes na faixa dos 15 aos 19 anos. Em um relatório divulgado em 2011 pela OMS, foi apontado que 3,23% de todos os suicídios do planeta ocorriam no Cazaquistão.

9) Nepal – 24,9 (30,1 homens – 20,0 mulheres)
Localizado na Ásia, este país montanhoso também possui um longo histórico de altas taxas de suicídio, mas as coisas vêm piorando ao longo dos últimos anos.


8) Tanzânia – 24,9 (31,6 homens – 18,3 mulheres)
Embora desconhecida por muitos brasileiros, a República Unida da Tanzânia é um país da África Oriental cercado por Uganda, Quênia e Moçambique. Novamente, quem se suicida lá, na maioria das vezes, são os jovens que não conseguem lidar com os problemas sociais da região (pobreza, fome, violência, falta de estrutura de saúde pública e ensino público etc.).

7) Moçambique – 27,4 (34,2 homens – 21,1 mulheres)
Localizado ao lado da Tanzânia, Moçambique sofre exatamente com os mesmos problemas de seu vizinho. Os moçambicanos possuem uma curtíssima expectativa de vida, já que doenças como AIDS são extremamente comuns por lá e falta infraestrutura para cuidar dos enfermos. Quase 3 mil indivíduos se suicidam anualmente na região.


6) Suriname – 27,8 (44,5 homens – 11,9 mulheres)
Suriname é um de nossos vizinhos, fazendo divisa com os estados Pará e Amapá. Mesmo tendo uma população de apenas 570 mil pessoas, o país possui uma altíssima taxa de suicídio, frequentemente associada a problemas sociais, como crises econômicas, violência doméstica, desemprego e abuso de álcool.

5) Lituânia – 28,2 (51,0 homens – 8,4 mulheres)
Além de ser o quinto em escala mundial, a Lituânia possui outro recorde igualmente triste: é o país com o maior número de suicídios na Europa! Felizmente, a taxa vem baixando lentamente desde a década de 90, mas já é um bom sinal. Tal como nos países anteriores, as principais causas para que os lituanos tirem suas próprias vidas são os problemas socioeconômicos que a região enfrenta.


 4) Sri Lanka – 28,8 (46,4 homens – 12,8 mulheres)
O mais bizarro é que ninguém sabe explicar ao certo por que há tantos suicídios no Sri Lanka. Ainda assim, muitas pessoas vêm se matando desde que o país alcançou a independência em 1948. Enforcamento e envenenamento são os métodos mais comuns usados pelos suicidas de lá.

3) Coreia do Sul – 28,9 (41,7 homens – 18,0 mulheres)
Sim, o lar de empresas famosas do ramo de tecnologia – como Samsung e LG – fica em terceiro lugar no ranking de países com mais suicidas. Os sul-coreanos costumam tomar veneno para tirar a própria vida, visto que o governo local adota uma política extremamente rígida para a posse de armas de fogo. É bem provável que o fenômeno esteja ligado às pressões sociais típicas do país.

2) Coreia do Norte– 38,5 (45,4 homens – 35,1 mulheres)
A Coreia do Norte está em uma situação ainda pior do que a do Sul. Mais de 10 mil norte-coreanos se suicidam todos os anos. O país é famoso por suas políticas rígidas de exclusão, várias violações aos direitos humanos e turbulências econômicas – alguns dos motivos que levam tanta gente a desistir de viver.


1) Guiana – 44,2 (70,8 homens – 22,1 mulheres)
Sim, o país com o maior número de suicídios do mundo é nosso vizinho, fazendo divisa com Roraima e Pará. Assim como a maioria dos lugares citados nesta lista, a Guiana sofre com problemas de saúde pública, pobreza rural e abuso de álcool, e é por isso que vários de seus cidadãos tiram suas próprias vidas.