Moçambique
vai à ONU pedir mais fundos para a reabilitação pós-ciclones
Cheias em Pemba
O Secretário-Geral das Nações Unidas,
António Guterres, convida Moçambique a estar presente na sessão da
Assembleia-Geral da ONU e apresentar, mais uma vez, as necessidades orçamentais
para reconstruir as zonas afectadas pelos ciclones Idai e Kenneth.
Moçambique será representado por uma
delegação encabeçada pelo primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, que,
no dia 25 de junho, vai falar perante todos os países que integram o sistema
das Nações Unidas.
A sessão acontece numa altura em que já começam a ser disponibilizados os
fundos prometidos pelos doadores na conferência internacional realizada nos
dias 31 de maio e 1 de junho, na cidade central moçambicana da Beira.
O
Banco Mundial, que prometeu 470 milhões de dólares americanos, e o Banco Africano
de Desenvolvimento, cerca de 50 milhões, são os parceiros que já estão a
canalizar fundos.
Uma
das primeiras obras a ser executada é da reabilitação da estrada nacional
número 6, que faz a ligação entre Beira e Machipanda, na fronteira com o
Zimbabwe.
Além
das infra-estruturas públicas, a outra prioridade, segundo Francisco Pereira,
Director do Gabinete de Reconstrução Pós-Ciclones Idai e kenneth, é reconstruir
as casas destruídas pelas calamidades.
Nas
zonas centro e norte de Moçambique, os ciclones destruíram total ou
parcialmente mais de 250 mil habitações.
Pereira
diz que não será possível reconstruir todas as casas, mas que vai ser
encontrada uma forma de ajudar a população afectada.
As
necessidades orçamentais para a reconstrução das sete províncias moçambicanas
afectadas pelos ciclones Idai e Kenneth estão estimadas em três biliões e
duzentos milhões de dólares americanos, mas os doadores só se comprometeram em
disponibilizar um bilião e duzentos milhões.
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