Lojas de
moçambicanos atacadas na África do Sul
Sul-africanos
revoltados com situação sócio-económica viram-se contra imigrantes
Simião
Pongoane
Actualizado
em: 11.03.2016 18:31
Lojas de estrangeiros, incluindo
de moçambicanos, são atacadas e pilhadas por sul-africanos em algumas
comunidades nas províncias de Gauteng, Limpopo, Kwazulu-Natal, Free State e
Noroeste que registam focos de protestos violentos contra alegada falta de
serviços básicos nas comunidades.
Os líderes da comunidade
moçambicana em Joanesburgo, Amélia Muthisse, e António Tembe, estão apreensivos
e apelam aos seus compatriotas a regressarem a casa o mais cedo possível,
porque o ambiente não está bom.
Sul-africanos revoltados com
situação sócio-económica viram-se contra imigrantes
Em Joanesburgo o lixo não é recolhido há uma semana pela empresa contratada pela Câmara Municipal para efeitos da limpeza da cidade.
Em Joanesburgo o lixo não é recolhido há uma semana pela empresa contratada pela Câmara Municipal para efeitos da limpeza da cidade.
Os trabalhadores estão em greve.
Exigem a demissão da direção e salário mínimo de 10 mil randes, cerca de 670
dólares por mês.
Estudantes estão em guerra com
reitorias nas universidades públicas, exigindo reformas radicais.
Os imigrantes, sobretudo
africanos, têm sido alvos da violência xenófoba na África do Sul.
Em Abril do ano passado, pelo menos sete pessoas incluindo
dois moçambicanos foram assassinadas durante a violência registada nos
arredores das cidades de Durban e Joanesburgo. Mais de três mil foram
desalojados das suas casas e os seus negócios ocupados ou pilhados. Mas a
migração ilegal dos moçambicanos e de outros africanos para a África do Sul
continua. Estima-se em mais de um milhão o número de moçambicanos vivendo
ilegalmente na África do Sul.
O número poderá aumentar por
causa da instabilidade política prevalecente em casa.
Mais de dez mil já se refugiaram
no Malawi.
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