Rubens
Bueno diz que Brasil pensará em novo projeto com saída de Dilma
- 17/04/2016 23h06
- Brasília
Karine
Melo, Carolina Gonçalves e Pedro Peduzzi - Repórteres da Agência Brasil
Em tom de vitória mesmo antes de
atingirem os 342 necessários para autorizar o processo de impeachment
contra a presidenta Dilma Rousseff, o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens
Bueno (PR), fez duras críticas a Dilma. “Nós brasileiros temos de ajudar o país
a sair da grave situação em que se encontra . A crise chama-se Dilma Rousseff.
Saindo a Dilma, vamos respirar aliviados. O Brasil distensionadamente começará
a pensar em um novo projeto”, disse.
Bueno disse ainda que, no Senado,
a votação que vai definir a admissibilidade do processo será por maioria
simples e a partir daí lembrou que a presidenta será afastada do cargo por 180
dias, “Quem é afastado imediatamente da Presidência da República jamais
voltará”, afirmou.
Sobre o presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que assumirá o papel de vice-presidente da República
em caso de derrota do governo, o deputado lembrou que o Supremo Tribunal
Federal (STF) está prestes a julgar o pedido do PPS, que pede o afastamento.
Saiba
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“A situção do presidente da Câmara
é insustentável. Ele já está denunciado, já é réu em sete processos e todos
aqueles que tiverem processos de forma insustentável tem de resolver com a
Justiça e não pela política”, acrescentou.
Cunha
Com a vitória a favor do impechament
se aproximando, outro deputado de oposição a se manifestar, Júlio Delgado (PSB-
MG), admitiu que o presidente da Câmara é uma grande preocupação. “Hoje, Cunha
ganha, mas, ao passar a fase do processo de impeachment na Câmara, passa
a ser vitrine única. A limpeza da Casa passa pelo afastamento de Cunha”, disse.
Futuro
Para o líder do DEM, deputado
Pauderney Avleino (AM), o futuro de Cunha como presidente da Câmara ainda é
incerto. Sobre um possível governo do PMDB, ele apontou como vantagem a fato
de, segundo ele, o vice-presidente, Michel Temer, pensar completamente
diferente do PT na economia e na política.
“É um tiro que estamos dando. Mas
não estamos dando um tiro no escuro. Estamos vendo o alvo e tenho certeza de
que esse alvo será atingido”, afirmou, ressaltando que as condições para a
participação do DEM em um possível governo Temer já foram apresentadas.
Edição: Armando
Cardoso
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